sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Refugiados-----------Atualidades

Edição do dia 19/06/2017
19/06/2017 22h05 - Atualizado em 19/06/2017 22h05

Número de refugiados de guerra é o mais alto da história, segundo ONU

A cada três segundos, uma pessoa deixa sua casa por causa de conflitos.
ONU diz que são 75,6 milhões fugindo de guerra, violência ou perseguição.


Na história da civilização, nunca foi tão alto o número de pessoas forçadas a deixar suas casas por causa de guerra, da violência ou da perseguição. Segundo a ONU, são mais de 65 milhões.
A cada três segundos, uma pessoa é obrigada a sair de casa por causa de algum tipo de conflito. E a consequência, além do drama de cada um, são números inimagináveis. Ao que tudo indica, os maiores da história da humanidade.
Das mais das 65 milhões de pessoas expulsas de suas casas, 22,5 milhões são refugiadas; mais de 40 milhões foram forçadas a se deslocar dentro do próprio país; e 2,8 milhões pedem asilo por razões políticas. Somando tudo isso, é como se a população inteira do Reino Unido fosse obrigada a viver fora de casa. A origem, como se sabe, são guerras que se arrastam como a da Síria, que já desalojou mais da metade da população do país.
O número de refugiados vivendo na Alemanha dobrou em 2016: são quase 700 mil pessoas, a maioria vinda da Síria. De acordo com o Alto Comissariado da ONU, quem mais sofre as consequências dessa crise planetária, recebendo 84% desses refugiados, são países em desenvolvimento, como, por exemplo, o Líbano e a Jordânia, vizinhos da Síria; ou Uganda, que recebe os refugiados do Sudão do Sul.
A guerra civil no Sudão do Sul levou 340 mil pessoas a cruzarem a fronteira. No começo, o governo de Uganda dava pequenos terrenos para cada família. Mas faltou espaço, dinheiro e foi-se a generosidade.
Maria Lalum, sudanesa de 72 anos, diz que recebe quatro quilos de farinha por semana. Ela tentou voltar para casa duas vezes, mas acabou fugindo de novo. E a jornada pela sobrevivência continua produzindo tragédias.
No fim de semana, 120 imigrantes, muitos deles sudaneses, desapareceram no Mediterrâneo depois que o barco afundou. O motor que os levaria para a Europa foi roubado por piratas.
O representante da ONU diz que só acabando com as guerras para mudar alguma coisa. Mas, como só tem bomba no horizonte, os refugiados vão ficando em paraísos que se transformam em purgatórios, sem ter para onde ir nem para onde voltar.

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