Câmara aprova pedido de arquivamento da denúncia contra Michel Temer
A Câmara dos Deputados aprovou, por 263 votos a 227, o relatório que pedia o arquivamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer (PMDB), acusado de corrupção passiva. Ele foi o primeiro presidente a ser denunciado no exercício do cargo.
O futuro de Temer foi definido pelos deputados depois do presidente liberar R$ 4,1 bilhões em emendas parlamentares à base aliada. Com a decisão da Câmara, a denúncia não chegará ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para aprovar o relatório, a oposição necessitava de 342 votos.
Vice-líder do Governo na Câmara, o deputado federal Beto Mansur (PRB) passou semanas articulando a aprovação do relatório e antecipou a A Tribuna que já havia votos suficientes para a rejeição da denúncia.
O deputado federal Marcelo Squassoni (PRB) também votou pela rejeição da denúncia contra Temer. Já o deputado federal João Paulo Papa (PSDB) foi o único representante da Baixada Santista a votar a favor.
O deputado federal Marcelo Squassoni (PRB) também votou pela rejeição da denúncia contra Temer. Já o deputado federal João Paulo Papa (PSDB) foi o único representante da Baixada Santista a votar a favor.
Mala com R$ 500 mil
Temer foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva, com base em investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada da JBS. Uma conversa gravada em março deste ano no Palácio do Jaburu, com o empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa, foi uma das provas usadas no processo contra o presidente.
Temer foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva, com base em investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada da JBS. Uma conversa gravada em março deste ano no Palácio do Jaburu, com o empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa, foi uma das provas usadas no processo contra o presidente.
O peemedebista era acusado de corrupção passiva por ter supostamente recebido R$ 500 mil da JBS, entregues em uma mala a seu aliado, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). O parlamentar também foi denunciado pelo procurador pelo mesmo crime e preso no dia 3 de junho por determinação do ministro Edson Fachin.
A sessão
A sessão extraordinária do plenário da Câmara começou às 9 horas, mas, antes, a Casa já tinha superado a presença de 51 deputados, número mínimo necessário para abrir uma sessão deliberativa. Ela foi aberta com 65 parlamentares na Casa e 9 no plenário.
Cinco horas depois, a sessão de abertura foi encerrada. Por volta das 14 horas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abriu nova Ordem do Dia para discutir e votar o parecer com a presença de 492 deputados. A votação começou às 18h21.
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