quinta-feira, 20 de abril de 2017

Atualidades Protestos contra a reforma da previdência

A sexta-feira (31) começou com protestos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro,Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará,Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí,Santa Catarina, Alagoas, Sergipe, Pará, Acree Minas Gerais, além do Distrito Federal.

Os atos têm relação com a série demanifestações que centrais sindicais e movimentos sociais farão, ao longo do dia, pelo país contra a reforma da Previdência e as mudanças na legislação trabalhista defendidas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).

São Paulo

Por volta das 10h, um grupo de cerca de 20 pessoas fechou um dos principais cruzamentos da capital paulista, entre as avenidas Rebouças e Faria Lima. O ato foi encerrado pouco antes das 11h.

Mais cedo, no início desta manhã, manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) realizaram bloqueios em vias da capital e da Grande São Paulo. Às 6h30, eles fecharam trechos nos dois sentidos do Rodoanel, na região da cidade de Mauá. O grupo queimou pneus sobre a pista e o trânsito tinha, às 7h, congestionamento nos dois sentidos.

Também houve registro de protesto na estrada do M'Boi Mirim, na zona sul da capital paulista. Às 7h, a PM (Polícia Militar) informou que não havia mais bloqueios na pista, mas os motoristas sentiram reflexos no trânsito, com filas de veículos na região.

No mesmo horário, uma manifestação causou transtornos na altura do quilômetro 273 da rodovia Régis Bittencourt. No sentido São Paulo, cerca de 50 pessoas bloquearam a pista, mas o trânsito foi desviado por uma rua lateral. Pouco antes das 8h, equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), do Corpo de Bombeiros e da Autopistas Régis Bittencourt (concessionária responsável pela rodovia) faziam a limpeza da pista, que já foi liberada. Os manifestantes já haviam deixado o local.

Protestos também foram registrados nas cidades de Guarulhos, Diadema, Ourinhos, Sorocaba, Campinas, Bauru, Mauá, São Bernardo, São José dos Campos e Pindamonhangaba. 

Reprodução/Facebook/Povo Sem MedoA rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, foi bloqueada por manifestantes ligados ao MTST e à frente Povo Sem Medo

Rio de Janeiro

Por volta das 8h, o grupo Levante Popular da Juventude montou um acampamento na frente do prédio da TV Globo no Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro.

Os manifestantes gritavam: "o povo não é bobo, o Temer é da Globo". O protesto ainda relembrou o aniversário do golpe militar de 1964.

Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão ConteúdoManifestantes protestaram em frente à sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro, e montaram um acampamento no local

Pernambuco

De acordo com a TV Jornal, um protesto iniciado na manhã interditava os dois sentidos da BR-101 Sul, próximo ao viaduto do Ceasa (Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco) e à entrada do bairro de Jardim São Paulo, na zona oeste do Recife.

Os manifestantes queimaram pneus, e bloquearam duas pistas.

Usuários descem de ônibus para fugir de protesto e relatam assaltos

Bahia

Segundo o "A Tarde", uma manifestação na manhã de hoje bloqueava o trânsito na avenida ACM, na altura do Shopping da Bahia, em Salvador.

Os rodoviários decidiram não parar, mas aderiram ao movimento realizando operação padrão nesta sexta-feira, ou seja, circulando apenas na faixa da direita.

Minas Gerais

Em Uberlândia --a cerca de 540 quilômetros da capital, Belo Horizonte--, a pista da BR-452 foi interditada por caminhoneiros. Com faixas, eles pediam "melhores condições aos motoristas de caminhões" e também pediram a saída de Temer da Presidência da República. O ato, promovido por cerca de 20 pessoas, gerou transtornos no tráfego de veículos.

Em Governador Valadares, a 316 quilômetros de Belo Horizonte, membros do MST (Movimento dos Sem-Teto) bloquearam a BR-116 na altura do quilômetro 411. A PRF diz que os atos nas rodovias mineiras foram encerrados ainda pela manhã.

Reprodução/Facebook/MTSTA BR-452, em Uberlândia, foi bloqueada por caminhoneiros que protestavam contra o governo Temer

Goiás

Em frente à Assembleia Legislativa do Estado, manifestantes ligados ao Sintego (Sindicato do Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás) fizeram uma concentração por volta das 9h.

A partir das 11h, eles começaram a seguir para a região da praça do Coreto, onde o ato contra a reforma da Previdência terá a participação de outras centrais sindicais.

Espírito Santo

Na capital capixaba, o protesto foi realizado em frente à sede da Petrobras. Depois, os manifestantes passaram a caminhar pela Reta da Penha em direção ao centro de Vitória.

Com faixas, o grupo protesta contra a proposta de reforma da Previdência. "Na luta e nas ruas em defesa dos direitos", dizia uma faixa.

Alagoas

Integrantes do Sinteal (Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas) protestaram no centro de Maceió nesta sexta-feira (31).

Os rodoviários também estão parados. Os ônibus não circulam desde as 9h na capital alagoana. O serviço foi retomado após o meio-dia.

Distrito Federal

Um pequeno protesto foi realizado em São Sebastião, cidade-satélite do Distrito Federal. Os manifestantes colaram cartazes em postes. Eles mostravam deputados favoráveis à reforma da Previdência. O texto apresentado no cartaz diz que o "voto dele pode acabar com sua aposentadoria".

Em Sobradinho, outra cidade-satélite, integrantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) fizeram ações contra a reforma dentro de ônibus de transporte público.

Acre

Manifestação no centro de Rio Branco, no fim da manhã desta sexta-feira, causou o fechamento da Ponte Metálica, um dos principais marcos da capital do Estado. Os manifestantes chegaram a se deslocar para a frente da Assembleia Legislativa do Acre para protestar. O ato já foi encerrado, segundo a Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco.

Reprodução/Twitter/RbtransEm Rio Branco, no Acre, manifestantes bloquearam o acesso à ponte Juscelino Kubitschek, mais conhecida como ponte metálica

Paraná

Em evento na Assembleia Legislativa do Paraná que reunião senadores como Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Roberto Requião (PMDB-PR), centrais sindicais protestaram contra a reforma da Previdência.

Foram exibidas faixas em repúdio à proposta do governo Temer. Algumas traziam dizeres como "todos contra o fim da aposentadoria".

Piauí

Rodovias do Estado também foram bloqueadas nesta manhã em ato contra a reforma da Previdência. As interdições foram realizadas em Paulistana, Campo Grande do Piauí e São João da Vajorta.

Santa Catarina

Centenas de pessoas caminharam pelas ruas do centro de Jaraguá do Sul, a cerca de 190 quilômetros de Florianópolis, no fim da manhã desta sexta (31). Um protesto também foi realizado em Joinville, com concentração na praça da Bandeira.

Pará

Na capital paraense, um protesto foi realizado na frente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho). O bloqueio atrapalhou o trânsito de veículos na região da praça Brasil.

O ato foi realizado por trabalhadores rurais, que seguem para a sede Secretaria de Administração do Pará, na avenida Almirante Barroso.

Flavio Contente/Futura Press/Estadão ConteúdoManifestantes saíram em passeata pelas ruas de Belém, no Pará

Ceará

Em Caucaia --a cerca de 50 quilômetros de Fortaleza--, integrantes da Fetamce (Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará) e Sindsep (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Caucaia) fizeram uma caminhada contra a reforma da Previdência.

No Estado, também foram registrados atos em Itapipoca, Crateús, Pentecoste, Poranga, Ubajara e Nova Russas.

Sergipe

Na capital do Estado, Aracaju, um pequeno grupo protestou na entrada da sede da Petrobras. O ato aconteceu no início da manhã.

Mato Grosso do Sul

No Estado, grupos de sindicalistas e movimentos sociais fizeram bloqueios em diversos pontos da BR-163 (em Sonora e Mundo Novo) e BR-262 (Três Lagoas e Corumbá) ao longo da manhã. Segundo os manifestantes, o fluxo nas rodovias é interrompido a cada meia hora para "ações de conscientização".

Na capital, Campo Grande, um protesto organizado por trabalhadores da construção civil foi realizado na região central.

Atos convocados pelo país

Ao contrário do ocorrido no dia 15 de março, não há nem previsão de greve nem interrupção dos serviços de transporte público. Na ocasião, trabalhadores do setor cruzaram os braços em cidades como São Paulo, Curitiba e Salvador.

Em entrevista ao UOL, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, definiu os protestos desta sexta como um "aquecimento" da "greve geral"convocada para o dia 28 abril.

A central sindical se articula para realizar no próximo mês o "Abril vermelho", que terá um calendário de protestos inspirado no movimento homônimo organizado pelo MST (Movimento dos Sem Terra) --período em que se intensificavam os atos em defesa da reforma agrária.

As reformas em discussão no Congresso, na avaliação da CUT, ajudam a precarizar as relações de trabalho, por meio da terceirização irrestrita aprovada semana passada pela Câmara, e comprometem o direito de aposentadoria por meio da idade mínima, entre outros pontos.

Para o governo federal, no entanto, as medidas são fundamentais para equilibrar as contas públicas.
 

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