segunda-feira, 31 de julho de 2017

Los Angeles topa, COI confirma, e Paris irá sediar a Olimpíada de 2024

Cidades entram em acordo, e Comitê Olímpico Internacional divulga comunicado oficializando a escolha pela capital da França para os Jogos Olímpicos após Tóquio 2020

Los Angeles topa, COI confirma, e Paris irá sediar a Olimpíada de 2024Los Angeles topa, COI confirma, e Paris irá sediar a Olimpíada de 2024

Paris irá mesmo sediar a Olimpíada de 2024. E quatro anos depois, em 2028, será a vez de Los Angeles receber novamente a festa do esporte. Após meses de especulações, reuniões e conversas entre os comitês de candidatura e o Comitê Olímpico Internacional (COI), as duas cidades se entenderam e os americanos aceitaram ceder para que os franceses fossem os anfitriões após Tóquio 2020.. A informação inicial foi publicada pelo "Los Angeles Times" e mais tarde foi compartilhada pelas redes sociais da candidatura americana. Em seguida, o COI oficializou a escolha por Paris, dando fim a uma espera tensa.
Em 13 de setembro, o COI fará a sua Assembleia quando confirmará com pompa e circunstância o acordo. Em ofício, o Comitê Olímpico Internacional ainda adiantou que, de acordo com a Agenda 2020, irá auxiliar o comitê de Los Angeles 2028 com US$ 1,8 bilhão de dólares (R$ 5,6 bilhões de reais).
Projeto olímpico de Los Angeles 2024, que agora irá migrar para 2028 (Foto: Reproduçao)Projeto olímpico de Los Angeles 2024, que agora irá migrar para 2028 (Foto: Reproduçao)
- O COI festeja esta decisão do Comitê de Candidaturas Olímpica e Paralímpica de Los Angeles. E temos o prazer de divulgar o contrato 2028 da cidade-sede de forma transparente e no momento correto. Los Angeles apresentou uma excelente candidatura que abrange as prioridades de sustentabilidade da Agenda Olímpica 2020, maximizando o uso das instalações existentes e incentivando o envolvimento dos mais jovens no Movimento Olímpico. Portanto, estamos muito felizes que, como parte deste Contrato da Cidade Anfitriã, possamos aumentar o acesso da juventude da cidade ao esporte e incentivar o estilo de vida saudável da cidade nos próximos 11 anos. Estamos muito confiantes de que podemos chegar a um acordo tripartite sob a liderança do COI com Los Angeles e Paris em agosto, criando uma situação de ganho para os três parceiros. Este acordo será apresentado à Sessão do COI em Lima, em setembro, para ratificação - disse Thomas Bach, presidente do COI. 

Número de pedidos de refúgio no Brasil em 2016 sobe 23%

O alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, com a sigla Acnur em português, divulgou nesta segunda-feira (19) que houve aumento nos números de refugiados e no de pedidos de refúgios no Brasil em 2016. O levantamento considera dados do Comitê Nacional dos Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça.
Em 2016, o número de refugiados no país subiu 9,3%, e o de pedidos de refúgio cresceu 23,6% em comparação a 2015.
O Brasil tinha 8.863 refugiados em 2015. No ano seguinte, o número saltou para 9.689. Já o total de pedidos de refúgio passou de 28.670, em 2015, para 35.464, em 2016.
Os números oficiais só serão divulgados pelo Conare ao longo da semana, mas parte deles foi antecipada nesta segunda-feira em São Paulo pelo Acnur, durante um encontro que está sendo realizado para o apoio dos refugiados.
Crise humanitária
Conflitos locais, guerra civil e fome fizeram com que o número de refugiados e deslocados no mundo aumentasse ainda mais em 2016, segundo relatório divulgado nesta segunda. Os dados estão tornando a atual crise humanitária a mais grave desde a fundação da ONU, em 1945.
Os países com maior número de refugiados são Síria, Afeganistão, Sudão do Sul e Somália, e os países que mais os recebem são Turquia, Paquistão, Líbano, Irã, Uganda, Etiópia e Jordânia, países não desenvolvidos
O número de refugiados e deslocados no mundo atingiu 65,6 milhões de pessoas no ano passado, um crescimento de 300 mil na comparação com 2015, segundo o Relatório Global Sobre Deslocamento Forçado em 2016, divulgado pelo Acnur.
Desse total, 10,3 milhões foram forçadas a deixar seus lares pela primeira vez (15,7%) e metade são crianças. Crianças que viajavam sozinhas ou separadas de seus pais pediram cerca 75 mil solicitações de refúgio só no ano passado.
A guerra na Síria, que já dura 6 anos, é a causa do maior fluxo de refugiados do planeta. São 5,5 milhões de pessoas que deixaram o país em busca de um local mais seguro, segundo o relatório do Acnur.
Refugiados (Foto: Alessandro Penso/UNHCR)
Países de origem dos refugiados em 2016
Síria: 5,5 milhões
Afeganistão: 2,5 milhões
Sudão do Sul: 1,4 milhão
Somália: 1,0 milhão
Países que mais receberam refugiados
Turquia: 2,9 milhões
Paquistão: 1,4 milhão
Líbano: 1 milhão
Irã: 979,4 mil
Uganda: 940,8 mil
Etiópia: 791,6 mil
Jordânia: 685,2 mil

O relatório também faz um alerta para o elevado número deslocamentos internos: 6,9 milhões de pessoas forçadas a se deslocar dentro dos seus próprios países. A Síria, Iraque e Colômbia são os países com maior número de refugiados internos.